quarta-feira, 30 de abril de 2014

Everest Base Camp - Dia 7 - Big Hard Sun

Este dia precisa de detalhes, um dia que com certeza marcou a minha vida de viajante e trekker.
O sol chegando no Everest
There's a big

A big hard sun
Beating on the big people
In the big hard world

Acordei as 5:00 am., muito frio, mal consegui se mexer dentro do saco de dormir, mas tinha conhecido uma galera gente boa na noite anterior, entao resolvi sair da zona de conforto, arrumei as coisas e desci pro cafe.
La, ja estava me esperando 3 pessoas, um israelense muito gente boa, conhecido pelo nome clássico de Tael. Um francês chamado Joe, o cara ja estava a 22 dias viajando por aqui, e um Russo, Mr Gayle, muito clássico e gente boa.

Tomei um cha com leite e saímos, rumo ao Kalapatar, um pico de 5552 mts, foi bem tranquilo no começo e logo percebi quem  ia dominar o role, de cara o russo, que era um senhor de 59 anos, ja pediu a frente, eu fui de boa e logo passei os outros dois, assim fomos.

Depois de umas 30 minutos de subidos, estávamos eu e o Sr. Gayle, gente boa pra caramba, subindo com muito afinco, foi ficando muito foda, no inicio ele tomou a dianteira e foi puxando o ritmo, a cada passo, a galera ia ficando mais para tras, e o sol comecou a tocar a montanha a nossa frente. 

Confesso que foi algo bem louco, pois estava muito frio, muito mesmo, estava com 2 calcas mais segunda pele, e 3 blusas, porem , o sol foi aos poucos chegando na montanha ao lado do Everest e o Mr Gayle mostrou-me, pois ja conhecia bem a regiao: `thats is Everest, moment for picture`.

Os raios  solares aos poucos iam penetrando na montanha, o Everst, que deve ser um metapelito negro, louco de mais. Estavamos ainda uns 150 mts do topo, mas foi louco demais.  Entao depois continuamos caminhando, cada passo era um vitoria, como no Kilimanjaro, osso de mais.

Depois de 2 horas chegamos no topo, nunca estive num lugar tao louco, alem do Everest, todas as montanhas do lado sao muito loucas, bonita de mais, indescritivel, so estando no lugar para entender. Vale a pena todo o cansanco, a grana gastada, os aborrecimentos, realmente inexplicável, e quase como estar perto do topo do mundo.

Fiquei um tempo por la curtindo, conhecendo gente de todos os lugares, italianos, francesas, israelenses, chineses, incrivel como esses lugares concentram pessoas com valores muito parecidos. Bom, depois de algum tempo, resolvi descer, foi bem mais faciil, menos de 25 minutos, e ja estava na base da montanha, so preparando o espirito para retornar tudo que caminhei esses 7 dias.

Este foi mais ou menos o role que tentei deixaar registrado nessas linhas, com certeza tenho muito mais pra contar, afinal foram 7 dias so para chegar neste ponto,  dezenas de kilometros de caminhada, noites mal dormidas, caminhadas na neve e na chuva, dias  e mais dias sem banho, mas bom, isso e papo pra boteco, porque ainda tem muita coisa pra rolar, so a volta pra Kathmandu serao pelo menos 4 dias, fora o que vem depois.

Vou indo nessa, prometendo colocar as fotos assim que estiver em Kathmandu.

Khumbu Glacier visto de longe

Na base do topo do mundo

Nem lembro

Nenhum comentário:

Postar um comentário